sábado, 31 de janeiro de 2009

Brincadeiras

Esse é um tema delicioso para quem atua na Educação Infantil.

Não há nada melhor do que uma boa brincadeira ou jogo para nos levar de volta à nossa infância.

Sim, é verdade! Há momentos no dia-a-dia da sala de aula em que nós realmente voltamos a ser crianças, não é mesmo?!

Então resolvi postar algumas dicas para esses momentos.

Vale lembrar que devemos ter clareza do que pretendemos com essas atividades, ou seja, nossos objetivos ao desenvolvermos a atividade, para que não seja a brincadeira como mera recreação sempre, mas que haja aprendizagem através do lúdico.

Afinal, brincando também se aprende!


Beijocas!!!

Páscoa

Você acha que a Páscoa está longe? Nem tanto!

Precisamos começar a nos organizarmos para esse evento que é esperado pelas crianças (e por nós também... rs) com tanta ansiedade.

Além de desenvolvermos o tema de forma lúdica, é necessário que não sejam esquecidos os valores, as tradições acerca da data, focando principalmente a amenização da banal comercialização que esse evento traz consigo.

A partir de hoje postarei algumas sugestões para comemorarmos a data de forma bem interessante com nossas turminhas.


Beijão!!!

Hiperatividade

E por falar em indisciplina...

Vamos saber um pouco mais sobre Hiperatividade.

Também conhecido como Síndrome do Déficit de Atenção, trata-se de um distúrbio que se diagnosticado precocimente contribui consideravelmente para a adaptação da criança às diversas situações a que está sujeita. Suas interações com o ambiente tornam-se prejudicadas pela dificuldade de concentração, dentre outros fatores.

Os artigos aqui postados têm por objeivo esclarecer algumas dúvidas sobre essa questão com vistas à identificação do problema em nossas turmas, uma vez que o fato é mais frequente do que supomos.


Beijos!!!

Artigo: Síndrome do Déficit de Atenção

Em conversas informais sobre educação de filhos ou comportamento infantil, habitualmente, são emitidos comentários sobre o comportamento de crianças muito agitadas, que não conseguem ficar paradas, que mexem em vários objetos ao mesmo tempo, inclusive fora do ambiente doméstico.

Além disso, os comentários costumam se estender à inabilidade de certos pais em limitar os atos dos filhos. Entretanto, em alguns casos, esse tipo de comportamento infantil pode não ser derivado apenas da falta de educação, mas sim de um comprometimento neurológico denominado Síndrome do Déficit de Atenção.

A Síndrome do Déficit de Atenção (S.D.A.), como é chamada atualmente, já foi denominada, em meados de 1947, de Lesão Cerebral Mínima, e posteriormente, em 1962, de Disfunção Cerebral Mínima e Hiperatividade. Após estudos, a Associação Psiquiátrica Americana, segundo Christiane Araújo Angelotti (1996), propôs uma nova denominação em 1980, utilizando o termo Síndrome do Déficit de Atenção. A adoção desse termo ocorreu para "englobar tanto a hiperatividade quanto outros sintomas e, também, por não se tratar de uma disfunção propriamente dita e sim uma falta de maturação do Sistema Nervoso Central que tende a amenizar com o passar dos anos", (Angelotti, 1996).

A S.D.A. pode ser entendida como uma alteração neurológica, destacando "a imaturidade neurológica difusa e a perturbação quanto aos neurotransmissores químicos", (Angelotti, 1996). Os sintomas da S.D.A., entre outros englobam hiperatividade, incoordenação motora e falta de equilíbrio, distúrbios da fala, além dos distúrbios de comportamento.

A hiperatividade abarca uma atividade motora intensa incontrolável, além do excesso de atividade verbal e das idéias, fazendo com que a criança não consiga se concentrar, distraindo-se com facilidade. Devido à coordenação insatisfatória e à falta de equilíbrio, as crianças com S.D.A. costumam cair com freqüência, derrubar objetos ou esbarrar nas pessoas. Além disso, a criança com S.D.A. é percebida com alteração em sua sensibilidade, demorando a perceber alguma dor ou machucado quando se ferem, por vezes não identificando a ocorrência do ferimento.

Devido aos distúrbios da fala, a criança com S.D.A. demonstra atraso no desenvolvimento da linguagem, e posteriormente, gagueira. Distúrbios de comportamento também são observados e, por vezes, são agravados em virtude da rejeição social, pois essas crianças são estigmatizadas como desajeitadas e inquietas. Vale citar, ainda, como sintoma da S.D.A., os distúrbios de aprendizagem que costumam ocorrer devido à dificuldade de concentração (Angelotti, 1996).

No que se refere às formas de tratamento da S.D.A., Christiane Araújo Angelotti (1996) indica a associação do tratamento medicamentoso à terapia interdisciplinar com psicólogos, fonoaudiólogos, psicomotristas, entre outros. Angelotti revela ainda que a terapia não medicamentosa precisa ter como objetivo o desenvolvimento da atenção e concentração da criança. Para que esse objetivo seja alcançado é necessário que o terapeuta tenha alguns cuidados como: a quantidade de estímulos presentes na sala de terapia, o número de estímulos apresentados para a criança, o interesse dela na atividade proposta e o tempo de duração da terapia.

Por fim, cabe enfatizar a importância da intervenção dos pais junto à criança com S.D.A.. É preciso que os pais saibam lidar com seus filhos portadores de S.D.A. sem se tornarem displicentes ou autoritários demais. É bom lembrar, também, que nem toda criança que apresenta alguns dos sintomas revelados como comuns à S.D.A. seja portadora dessa síndrome. Outros fatores podem estar desencadeando comportamentos inadequados, como questões emocionais isoladas ou simplesmente falta de educação adequada dispensada pelos pais ou educadores.

Denise Mendonça de Melo é psicóloga, formada peloCentro de Ensino Superior de Juiz de Fora